Posts Tagged ‘santana’

Cuidado com os dedos espetados…

Abril 26, 2009

congresso-053

Há um sério problema de alguns militantes (simpatizantes) do PSD em olhar para a realidade quando ela não lhes convém. Eu percebo simpatias, percebo lealdades, percebo até inimizades que daí nascem. Mas em face dos factos, da clara evidência dos mesmos, é pouco mais que esquizofrénico procurar responsáveis fora do círculo dos que realmente o são.

Ou como escreveu o PML.

Vai longe esta direcção do PSD com estes conspiradores.
Nem uma palavra sobre o texto que evidentemente não lhes interessa. O que importa é uma teoria conspirativa que mete jornais e supostos apoiantes de quem quer que seja.
Dá vontade de rir mas é apenas triste.

Escolhas

Janeiro 5, 2009

Ler o Gabriel Silva ou o que Adelino Maltês diz sobre a direita em Portugal e conjugar com o que Pedro Picoito escreve ou repete leva a conclusões bem claras sobre o PSD e o PP:

No primeiro caso, com todo o reconhecimento que se lhe deve dar, o PSD precisa urgentemente de se tornar independente da figura de Cavaco Silva e da sua herança, até porque e a julgar pelos factos e não as promessas, só assim a figura de Santana Lopes deixa de ensombrar o futuro do partido.

No segundo caso, as alternativas a Portas não podem cair nos erros do passado e assumir uma agenda mediática mais aguerrida se querem ser alguma coisa no PP. A ideia de se apresentarem alternativas baseadas nos alegados méritos e qualidades dos próprios não chega, não há um militante de base em qualquer partido que veja com bons olhos um discurso de apresentação que reza qualquer coisa deste género: “Eu vim ajudar o partido, só pessoas como eu, independentes…sim eu não dependo do partido, honestas…sim eu não ando neste mundo porque tenho coisas mais importantes para fazer, este mundo da política que de resto está claramente podre mas não se assustem que eu vim cá fazer uma limpeza…”


A política é um jogo de negociação, ninguém ganha um jogo deixando bem claro aos outros parceiros que só ele é que não faz batota. É que não ganha mesmo.

26%

Novembro 11, 2008

As sondagens do CM publicadas este fim-de-semana comprovam algo que há muito me preocupa na liderança do PSD; Manuela Ferreira Leite, uma líder que contrasta em quase tudo com os líderes anteriores, sobretudo Santana e Menezes, pura e simplesmente não consegue fazer “passar” as suas mensagens. Ninguém quer saber o que ela pensa agora que se dispôs a falar? As qualidades que a tornaram uma mudança bem-vinda ao populismo santanista/menzista não impressionam? Será que Santana para Lisboa está a ter consequências?

The story so far…

Junho 21, 2008

 

 

 

O que temos neste Congresso? Uma moção de Miguel Frasquilho, estruturada e séria. Um discurso digno desse nome, centrado no que interessa, honesto, directo de Pedro Passos Coelho. As listas. A aprovação de todas as moções com excepção da Moção H.

Santana Lopes a entrar no início de uma intervenção de MFL, após anúncio excitado de umas “jornalistas” algarvias junto dos colegas de que “O Santana vem aí!”.

O resto, sem desmerecer uma ou outra intervenção bem intencionada, foi uma sucessão de panegíricos e odes à líder eleita, habituais de estas alturas. Valem o que valem e durante o tempo que forem úteis.

 

Santana fala agora, em último lugar, como de certeza sempre quis. Mais uma vez, é a oportunidade mediática e a forma. Quanto ao conteúdo, justificativo, discordando de MFL para defender as suas prestações, o seu papel, ele, Santana. Com entrevistas, sem entrevistas, com críticos ou sem críticos, como peixe na água, ele e só ele.

A hora mudou

Março 30, 2008

Escreveu Pacheco Pereira que “Aqueles que contam com a derrota do PSD em 2009, para afastar a actual direcção, – e não adianta estarmos a enganar-nos uns aos outros com palavrinhas de circunstância, é aquilo que todos esperam, – prestam um péssimo serviço a uma alternativa mais que necessária ao PS. Podem acordar em 2010 com um PSD que perdeu de vez a sua dimensão nacional, um partido que conta cada vez menos para a vida pública, acabrunhado por mais uma derrota que só pode gerar depressão ou escapismo entre os militantes (sim, porque deles será uma grande responsabilidade), cheio de “bodes expiatórios” e de “apontar de dedos” da culpa, e de “lutas finais” de todos contra todos, com imensa gente a defender-se à “bomba” dos restos do seu poder, e outra sossegada com os quatro anos que adquiriu no parlamento e depois daqui a quatro anos se verá, contente com a sua gestão por objectivos.”

Isto é tanto mais verdade se lermos que Ângelo Correia anda a mediar os conflitos internos, promovendo reuniões com Marcelo, Relvas e Aguiar Branco, ao mesmo tempo que Menezes cria uma task-force,  à margem da Direcção,com nomes ilustres como Virgilio Costa, Helena Lopes da Costa, Cirilo Gomes e Vânia Neto, entre outros. Ao mesmo tempo que a assessoria do grupo parlamentar recebe avisos que para cada despacho de nomeação corresponde um de exoneração.

Pelo que, concluo o mesmo que Pacheco Pereira. Não se vendo nada de novo no PSD, faz-se pela vida, mede-se o pulso a quem está ou não com a Direcção e dão-se avisos aos distraídos, sejam eles deputados, assessores ou funcionários.

No entanto, para que depois e mais uma vez não oiça gente a chorar pelo leite que deixaram derramar, é bom que se lembrem que em 2009 a nova Direcção – sim porque nem sonhem que com esta ganham eleições legislativas – terá de gerir um grupo parlamentar que pouco mais será que uma emanação das cabeças de Menezes, Ribau e Santana Lopes e sufragada pelas bases. A task-force de Menezes é um óptimo exemplo.

Concluindo:  Quem não tiver coragem para ser algo hoje não se venha queixar amanhã. It’s that simple folks!

O Debate Mensal

Dezembro 11, 2007

O primeiro debate mensal, uma alegre tareia dada a Santana Lopes, não apresentou nada de novo aos portugueses e note-se, as regras tinham sido mudadas para “ajudar” o debate político, ou seja, tornar o programa televisivo mais apetecivel. Dessa vez não resultou. Era a primeira vez.

Neste segundo debate, soundbytes aparte, uma franca melhoria na forma – 3 a 4 horas de debate era um bocadinho demais – já no que diz respeito ao conteúdo, à “chicha”, estamos na mesma.

Concluo que o debate político não melhorou, falta tudo, cultura, elegância retórica, capacidade de argumentação, precisamente porque se confundiram necessidades.

Pois se ninguém aguentava 4 horas daquilo, reduzamos a coisa a 2 horas, não serve. A diferença entre um debate esclarecedor e uma pepineira ininteligível não é uma questão de minutos mas de algo fundamental que não vimos desde do último discurso de Paulo Rangel.

O que será?

Afonso Azevedo Neves

Ainda sobre o debate: José Mexia, João Villalobos