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Informação vs Medo

Agosto 6, 2008

Um futuro sem primatas parece um quadro improvável, mas os dados mais recentes não nos deixam ser optimistas. Cerca de 48 por cento das 634 espécies e subespécies de primatas são considerados vulneráveis, em perigo ou ameaçados de extinção no último relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), agora divulgado. Publico (só para assinantes)

Este tipo de notícia é muito interessante, sobretudo se considerarmos ou melhor se incluirmos o ser humano, juntarmos desconhecimento e falsa informação.

Este tipo de artigo é o perfeito exemplo do preconceito que mais afecta o entendimento do ser humano, quer seja sobre organizações de grandes dimensões quer seja sobre o meio ambiente. Neste último caso, raramente passa um dia em que não sejamos bombardeados com a perspectiva de um fim iminente, de uma catástrofe irreparável, enfim de uma versão mais ou menos global do amargedão.

Exemplo:

O Dr. Paul Earlich, escreveu um bestseller chamado Population Bomb, em1968 e nele defendeu fome generalizada e a morte dse centenas de milhões de pessoas pelo ano 2000. Nunca aconteceu mas o frenesim mediático durou anos e ainda hoje é possível encontrar ecos deste tipo de visão catastrofista mascarada de ciência e que sobretudo vende bem.

“The battle to feed all of humanity is over. In the 1970s and 1980s hundreds of millions of people will starve to death in spite of any crash programs embarked upon now. At this late date nothing can prevent a substantial increase in the world death rate…” (more…)

Para quem tiver tempo para matar…

Agosto 6, 2008

Smithonian Associates, States of Fear, Michael Crichton speech.

Estas palestras, para alem de bem feitas, convidam a desafiar alguns dos conceitos mais enraizados na forma como vemos não só a natureza e a sociedade mas também o papel da política e dos média na percepção dessas realidades.

Um exemplo que ele dá logo no início sobre esse tipo de conceitos é a seguinte:

Alguém vai de férias para a Riviera e deixa o seu gato a um amigo para tomar conta dele. Passados uns dias o amigo telefona e diz-lhe: “o teu gato subiu para o telhado, não descia e tivemos de chamar os bombeiros o gato saltou para uma árvore e no meio da confusão caiu de lá e olha morreu!”

O tipo fica desesperado, “o meu Deus, não é assim que se dá uma notícia dessas! devias ter-me preparado para a má noticia”

– Como assim?

– No primeiro dia telefonavas-me e dizias que o gato fugira para o telhado, no segundo que chamaste os bombeiros e no terceiro lá explicavas que ele fugira para uma árvore e que por azar caíra de lá e morrera.

O amigo percebeu a ideia e pediu desculpas.

Uns dias mais tarde esse mesmo amigo volta a telefonar.

– Meu caro, era só para te avisar que a tua mãe fugiu para cima do telhado.