Fim de ciclo

José Sócrates encontra-se numa situação deveras original, é o primeiro líder partidário que ao dar boas notícias ao país assusta o país. O grau de desconfiança que ele gera é tanto que se José Sócrates vier dizer que o desemprego vai diminuir ou o crescimento económico vai aumentar amanhã, ninguém mas absolutamente ninguém vai acreditar. A acreditarem em alguma coisa será no oposto do que ele diz.

Deve ser por isso que os próximos dias serão preenchidos por apelos do Ministro Silva Pereira para que o PSD vote favoravelmente qualquer disparate que o Governo apresente em sede de OE. Qualquer disparate que apenas confirma que este Governo e este Primeiro-Ministro, entre os intervalos da sua campanha eleitoral interna, não faz ideia do que anda por cá a fazer.

Peço tiça

Parece que as notícias que o Processo Casa Pia iria limpar a imagem da Justiça eram manifestamente exageradas.

Dream the impossible dream

As presidenciais estão a suscitar os mais diversos comentários na blogoesfera e estas passaram a ser tema porque Cavaco Silva promulgou o casamento gay irritando por igual quem exigia de Cavaco Silva os 4 flic-flacs que se esperam de uma alma moderna e quem esperava o veto do chamado “voto católico”. Cavaco não esteve para agradar ninguém e disse o que dele se esperava.

Daqui a chegarmos a doutas considerações sobre tudo e mais umas botas foi um saltinho, parte destes presumem representar gente vária e dizem-se defraudados a propósito de coisas fantásticas. A começar na ideia que o “voto católico” é representado pelas afirmações de Isilda Pegado e similares seja sobre o que for e a acabar na ideia peregrina que Cavaco Silva seria diferente do que sempre foi.

A noção que uma certa direita prepara um candidato alternativo e que represente as verdadeiras aspirações de tal eleitorado chega a ser cómica. Cavaco não foi eleito por ela e ela não elege seja quem for. Cavaco prefere o seu silêncio e agradece o seu protesto. O chamado "voto católico" que se fala por aí, não existe e está apenas marginalmente organizado à volta dos lunáticos que se lembraram de convidar Bagão Félix para se candidatar, a maioria está como o próprio: com pouca paciência para disparates e como Cavaco preocupada com as contas e o futuro dos seus filhos. Quanto à discussão sobre qual o bom exercício dos poderes presidenciais é no fundo a leitura que se faz desse exercício ligado como está à própria personalidade de quem exerce o cargo de Presidente. Cavaco só surpreende e desilude quem não o conhecia ou esperava que ele fosse outra pessoa qualquer.

Diário de Campanha VII

Diário de Campanha V

 

Não gosto, não gosto, não gosto, não gos…

Já com o Duarte imagino que tenha ouvidos pelo que ficamos pelas simpatias e embirrações. Tudo legítimo pelo que entre a conversa simpática que ele imagina e julga provar com um texto do Alberto Gonçalves e isto há uma distância que o Duarte não vê. Não quer, não quer. Pronto, não se fala mais nisso.

Adivinhas

ANL

Cotonetes?

Um tipo é surdo e percebe-se, um tipo faz de surdo também se percebe, um tipo só ouve o que o conforta também se percebe. Não tem nada de extraordinário e não espanta ninguém sequer que o mesmo se ponha aos pulinhos a dizer que não ouviu nada. Se não quer.

Diário de Campanha IV

Diário de Campanha II