Não vivemos tempos para optimistas ou melhor não se vivem tempos para gente que confia no futuro.
Em Portugal, os portugueses, gostam muito de ser “gente que confia no futuro” quando, obviamente, está tudo lixado. Quando está tudo bem somos o inverso e o mundo é pior que “merda de gato”., quando o mundo está claramente a cheirar mal é então que o português olha para as cartas que tem e pensa que pode ser que o baralho lhe traga qualquer coisa. Sempre assim e isso tem consequências: não mexemos uma palha para modificar o jogo.
Archive for the ‘Generalidades’ Category
Optimistas
Dezembro 20, 2010Misheard lyrics from The Waterboys
Setembro 8, 2010imagem que inspira pirosadas
Junho 25, 2010Um fim-de-semana trácio
Janeiro 30, 2010Pois a arte da profecia não é somente fraude e apenas homens, e não animais, possuem o dom de julgar as consequências dos seus actos.
Howard Fast, Spartacus
Passarada cá de casa
Janeiro 12, 2010Tinta está fresca
Dezembro 12, 2009Ai desculpe, desculpe, só estava a espreitar
Dezembro 11, 2009Não queria mesmo incomodar a esforçada tentativa do Paulo em não se meter na conversa do Vasco com o Pedro, tropecei. Foi sem querer. Mas já agora que entrei, dá para ver o que tem sido e será a agenda do CDS-PP. Não queria abusar das coincidências que apenas o são, mas a nervoseira é tanta com a perspectiva de uma vitória de Passos Coelho que reina o mais perfeito disparate num partido que muito tem ganho com a extraordinária inépcia das lideranças recentes do PSD e muito mais tem a ganhar com a manutenção do actual estado de coisas. Se calha o PSD levantar a cabeça será uma questão de tempo, até vermos o PP “crivado de disputas pessoais e permanentemente à beira da implosão” com as saídas e reentradas do único líder possível.
But dont mind me, sou eu que implico com tudo e tenho mau feitio, é que assim de supetão qualquer dia ainda vejo o Paulo a exaltar as qualidades de Pacheco Pereira para perceber as horripilantes conspirações, sempre inevitáveis, entre jornalistas e o poder político. O poder político que não ele, obviamente.
Take 1
Dezembro 6, 2009José Sócrates, proclama um novo socialismo, armado de frases feitas, soundbites e powerpoints, de dedo espetado, conduz Portugal resoluto e decidido para o mais mal cheiroso dos pântanos.
A responsabilidade que pesa sobre o PSD é enorme, só ele separa Sócrates de mais um mandato em S. Bento.
Hoje, já só Sócrates acredita nos seus powerpoints, já só ele acredita que basta prometer.
Detesta a critica e abomina a verdade, para ele o tempo é um inimigo, para nós um triste testemunho das oportunidades que perdemos.
O PSD não tem receio de apresentar aos portugueses a realidade tal como ela é. Apresentar os factos e números que trazem a marca de uma governação suicida e autoritária.
Os portugueses merecem mais que isto, que esta ilusão de que um dia o Estado os salvará. Os portugueses devem saber que é este Estado que os está a condenar. Os portugueses devem saber que a realização dos seus sonhos e ambições não se têm lugar porque o Estado não deixa.
Não é possível falar de desenvolvimento sem liberdade, não é possível falar de liberdade sem uma economia verdadeiramente livre.
Só uma economia livre da asfixia de uma carga fiscal brutal, livre de um sistema fiscal que é cada vez mais complexo, livre de uma burocracia que nenhum simplex veio resolver, pode criar postos de trabalho, riqueza e desenvolvimento.
Não tenhamos ilusões, sem que isto seja feito não há futuro apenas um regresso ao passado.
Sócrates não só foi incapaz para resolver estas questões mas agravou-as com uma barragem de compromissos que violou e uma montanha de promessas que quebrou.
Incapaz de explicar a sua incompetência agarrou-se ao passado, procurou nele justificações para as falhas do presente sem perceber que assim condena o futuro.
Cabe ao PSD resgatar esse futuro, consciente do seu passado, mas não agarrado a ele, capaz de olhar para os sacrifícios que se adivinham sem medo.
Um PSD que sabe que ao Estado cabe proteger mas não asfixiar, ajudar mas não iludir, garantir e não prometer.
Take 2
Dezembro 6, 2009Um velho político de outras paragens disse um dia a um opositor que se este parasse de dizer mentiras sobre ele, também ele pararia de dizer a verdade sobre o opositor. A política tem muitas vezes coisas destas, momentos em que devemos respirar fundo e oferecer o cachimbo da paz, mesmo se ele significa não dizermos as verdades.
Ouvir Sócrates
Dezembro 2, 2009Sócrates responde às perguntas dos jornalistas nos termos que todos conhecemos, nada de novo aqui. Nada de novo no tom agastado pela pergunta que o irrita.
Nada de novo também na realidade que lhe fora anunciada no início do seu primeiro mandato. Já na altura Marques Mendes dizia que, com aquela cabeça, aquelas políticas, acabaríamos com uma taxa de desemprego insuportável. Sócrates tratou-o e ao resto do país, como gente de má fé, certamente frustrada e invejosa do seu fulminante génio.
Ouvir hoje o mesmo José Sócrates parece que estamos a rever um daqueles filmes do assustador neo-realismo português, Sócrates não nos responde com a realidade, nem sequer a descreve, foge dela a sete pés. Em alternativa, a única que nos concede, imagina um mundo e trata de nos descrever a referida fantasia agora com contornos de romance tecnológico e termina sempre com a inevitável lição moral aos que o invejam, aos que não percebem certamente por teimosia ou pura estupidez, que o futuro será maravilhoso.