(…)
Paulo Rangel, como se percebe, já pensa em eleições. Não se cansa, aliás, de repetir: «E eu sei do que falo, porque ainda recentemente ganhei umas». As europeias de Junho, recorde-se, contra o candidato Vital Moreira do PS.
Nesta sua euforia autoglorificadora, Rangel omite alguns factos não completamente irrelevantes. Primeiro, que ganhar eleições para o Parlamento Europeu não é propriamente uma proeza política só ao alcance dos predestinados. As europeias são até apontadas, em ciência política, como as eleições que mais potenciam o voto de protesto contra o Governo em funções. Ele apenas repetiu o que já haviam feito Sousa Franco em 2004, nos últimos dias do Governo Durão Barroso, ou António Vitorino em 1994, na recta final do cavaquismo. Segundo: antes de Rangel, já António Capucho, em 1989, ou Santana Lopes, em 1987, haviam ganho eleições para o Parlamento Europeu – e com votações do PSD mais confortáveis do que os seus exíguos 31,7 %
Etiquetas: euforias, modéstia, noção, Política, PSD, self-love
Deixe uma Resposta