Sócrates responde às perguntas dos jornalistas nos termos que todos conhecemos, nada de novo aqui. Nada de novo no tom agastado pela pergunta que o irrita.
Nada de novo também na realidade que lhe fora anunciada no início do seu primeiro mandato. Já na altura Marques Mendes dizia que, com aquela cabeça, aquelas políticas, acabaríamos com uma taxa de desemprego insuportável. Sócrates tratou-o e ao resto do país, como gente de má fé, certamente frustrada e invejosa do seu fulminante génio.
Ouvir hoje o mesmo José Sócrates parece que estamos a rever um daqueles filmes do assustador neo-realismo português, Sócrates não nos responde com a realidade, nem sequer a descreve, foge dela a sete pés. Em alternativa, a única que nos concede, imagina um mundo e trata de nos descrever a referida fantasia agora com contornos de romance tecnológico e termina sempre com a inevitável lição moral aos que o invejam, aos que não percebem certamente por teimosia ou pura estupidez, que o futuro será maravilhoso.
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