Poema para a Fernanda

(Poema de Euleriano Ponati a Fernanda Câncio.)

Ó Fernanda,
dado que já estou cansado
do ar teatral a que ele equivale
em todo o horário de cada canal,
no noticiário, no telejornal,
ligando-se ao povo, do qual ele se afasta,
gastando de novo a fala já gasta
e a pôr agastado
quem muito se agasta
por ser enganado.

Ó Fernanda,
dado que é tempo de basta,
que já estou cansado do excesso de carga,
do excesso de banda, da banda que é larga,
da gente que é branda,
da frase que é ópio,
do estilo que é próprio para a propaganda,
da falta de estudo,
do tudo que é zero,
dos logros a esmo e do exagero
que o nega a si mesmo,
do acto que é baço,
do sério que é escasso,
mantendo a mentira, mantendo a vaidade,
negando a verdade,
que sempre enjoou,
nas pedras que atira,
mas sem que refira
o caos que criou.

Ó Fernanda,
dado que já estou cansado,
que falta paciência, por ter suportado
em exagerado o que é aparência.

Ó Fernanda,
dado que já estou cansado,
ao fim e ao cabo,
das farsas que ele faz,
a querer que o diabo me leve o que ele traz,
ele que é um amigo de Sao Satanás,
entenda o que eu digo: Eu já estou cansado!

Sem aviso prévio,
ó Fernanda, prive-o de ser contestado!
Retire-o do Estado!
Torne-o bem privado!

Ó Fernanda,
leve-o!
Traga-nos alívio!
Tenha-o só num
pátio para o seu convívio!

Ó Fernanda,
trate-o!
Ó Fernanda,
amanse-o!
Ó Fernanda,
ate-o!
Ó Fernanda,
canse-o!

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