Saber vencer e saber perder

Logo nas primeiras horas após a vitória do PSD foi fácil perceber quem sabe vencer, quem alcançando uma vitória a imagina apenas sua e quem sabendo que perdeu se recusa a olhar para as lições que ela encerra. Faz parte.

O PSD ganhou umas eleições europeias muitíssimo difíceis, o mérito dessa vitória é  extensível a todos os que nela participaram, mas seria de todo injusto não destacar Paulo Rangel, que e apesar do timing usado, não me surpreendeu (há muito que lhe conhecia as capacidades), Carlos Coelho que de uma forma muito elegante fez uma campanha local de enorme qualidade e finalmente Manuela Ferreira Leite que apostou numa escolha e numa estratégia que se revelaram vencedoras e esse facto não deve ser escamoteado. Arriscou e ganhou.

Saber explorar esta vitória é um desafio igualmente difícil e trabalhoso, em que os erros do passado não se poderão repetir, a pior coisa que pode resultar desta vitória é confundir prestações: Rangel não é Manuela Ferreira Leite e Sócrates não é Vital Moreira. Há aqui lições a aprender e isso não deve custar a ninguém, se isto for percebido as legislativas poderão ditar finalmente uma vitória para Portugal e para o PSD.

Por outro lado o PS, apostado em deixar Vital Moreira arcar com as consequências da derrota, parece não perceber que foi claramente derrotado nestas eleições e que Sócrates foi o grande derrotado da noite de ontem. Escolheu mal porque na sua arrogância nunca percebeu que a sua propaganda não deve ser confundida com o país. Prevejo a manutenção de uma estratégia que terá como principais pontos o uso do mesmo tipo de tácticas vergonhosas a que se recorreu nesta campanha só que agora centradas na pessoa de Manuela Ferreira Leite e às quais não deve nunca o PSD responder nos mesmos termos.

Uma última nota que considero muito negativa nestas eleições e que deve fazer pensar todos aqueles que ainda têm dúvidas sobre em quem devem votar nas legislativas que se adivinham: O resultado do BE torna-o um muito provável candidato a uma coligação com o PS, pelo que o voto no PSD é fundamental para evitar que Louçã e os seus companheiros cheguem ao poder e com consequências absolutamente nefastas para o país.

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