Um dos factos mais extraordinários do 25 de Abril foi a ausência de um banho de sangue. É um caso único e sem paralelo e que ao contrário do que se pensa não se deve aos brandos costumes portugueses, conceito criado por Salazar que conhecendo a História sabia bem que o nível de selvajaria deste povo não fica atrás de nenhum outro, mas a vários momentos de lucidez que no meio da confusão tomaram conta pontualmente de certa e determinada gente. Alguns terão sido de lúcida coragem outros (ainda bem) de lúcida cobardia.
Claro que com a ausência de banho de sangue ocorreu uma interessante substituição, pois se não nos matámos uns aos outros fizemos questão em torturar todos. Só assim se justifica a programação televisiva que se seguiu… quer dizer, alguém acha que 7 horas de programação seguida com Júlio Isidro era outra coisa que um castigo? A loucura de Vasco Granja por Chestokov Primokov e os seus desenhos (pouco) animados em picotado seriam outra coisa que o equivalente a choques electricos?
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