Muito engraçado assistir à Quadratura do Círculo, Lopo Xavier fez uma defesa brilhante da escolha de Manuela Ferreira Leite enquanto alguém que corporiza o oposto do tipo de actuação política levada a cabo por José Sócrates. A quase aversão pelo espaço mediático versus a obsessão pelo mesmo.
Pacheco Pereira, que podia ter pegado neste argumento, que tem algumas falhas mas é suficientemente bom para passar bem, mas não. O que fez Pacheco Pereira, resolveu cair no erro de dar exemplos da dualidade de tratamento mediático dado pelo DN e o Público a iniciativas como a apresentação do IFSC e o que ele chamou “as banalidades” de Passos Coelho.
Foi quando Lopo Xavier lhe chamou a atenção que Pacheco Pereira dera a sua opinião sobre a situação de Dias Loureiro no mesmo dia e que isso, de facto, ofuscara a notícia do renascimento do IPSD. Pacheco Pereira não é nenhum tonto para não saber as regras mais básicas da comunicação e que ele cometeu aqui um erro.
Note-se, não tenho por Pacheco Pereira aquela aversão típica de algum PSD que lhe leva a mal o seu estilo critico, reconheço-lhe a sua vasta cultura e o seu papel no PSD ao longo dos anos, mas reconheço-lhe também uma reacção emocional a Passos Coelho que aparentemente justifica que se dirija a este “adversário” desclassificando-o como puder, o que é de resto um tipo de argumentação com a qual ele tem especial antipatia que me recorde.
Ao fim destes anos, Pacheco Pereira tem suficiente experiência política para evitar estes tropeções, sendo que é especialmente caricato assistir por parte dele ao uso de uma argumentação que julgava típica do consulado menezista, sendo que a este propósito MFL devia agradecer cada uma das vezes que Menezes a critica pois é coisa que só lhe cai bem.
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