Informação vs Medo

Um futuro sem primatas parece um quadro improvável, mas os dados mais recentes não nos deixam ser optimistas. Cerca de 48 por cento das 634 espécies e subespécies de primatas são considerados vulneráveis, em perigo ou ameaçados de extinção no último relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), agora divulgado. Publico (só para assinantes)

Este tipo de notícia é muito interessante, sobretudo se considerarmos ou melhor se incluirmos o ser humano, juntarmos desconhecimento e falsa informação.

Este tipo de artigo é o perfeito exemplo do preconceito que mais afecta o entendimento do ser humano, quer seja sobre organizações de grandes dimensões quer seja sobre o meio ambiente. Neste último caso, raramente passa um dia em que não sejamos bombardeados com a perspectiva de um fim iminente, de uma catástrofe irreparável, enfim de uma versão mais ou menos global do amargedão.

Exemplo:

O Dr. Paul Earlich, escreveu um bestseller chamado Population Bomb, em1968 e nele defendeu fome generalizada e a morte dse centenas de milhões de pessoas pelo ano 2000. Nunca aconteceu mas o frenesim mediático durou anos e ainda hoje é possível encontrar ecos deste tipo de visão catastrofista mascarada de ciência e que sobretudo vende bem.

“The battle to feed all of humanity is over. In the 1970s and 1980s hundreds of millions of people will starve to death in spite of any crash programs embarked upon now. At this late date nothing can prevent a substantial increase in the world death rate…”

O mesmo cientista previu que por essa altura metade de todas as espécies animais estariam extintas. Como sabemos bem tal não aconteceu. estou em crer que o mesmo se passará com os primatas.

Outros cientistas previram que o petróleo e o cobre, seriam totalmente explorados e por conseguinte desapareceriam por volta até 1990. Nada disto aconteceu.

A questão é esta, se este tipo de informação é veiculada de forma global, diariamente e sem qualquer tipo de espírito critico por parte de quem presta esse serviço, quais as consequências para a população menos preparada?

Ultimo exemplo:

Chernobyl, mortes previstas na altura do desastre como resultado directo da explosão – 50.000. Mortes efectivas 50. Este número foi evoluindo entre 4.000 e 50.000 ao longo dos anos, na BBC, France Press, etc… Em 2005 o número obtido pela ONU: 56.

Quanto à radiação, previsões da CNN na altura falavam em 2 milhões de mortos, ao longo do tempo forma baixando até aos modestos 500 mil da France press, número obtido e confirmado por peritos da ONU? 4000.

Entretanto centenas de milhares de ucranianos sofreram de depressões profundas, falta de perspectivas, com números impressionantes da autoridades ucranianas que se viram a braços com um exercito de inválidos a quem lhes fora afirmado categoricamente e repetidamente ao longo de anos que morreriam após anos de agonia e decadência física, que os seus filhos certamente nasceriam com graves mutações, futuros medonhos de dor que nunca tiveram lugar mas que reduziram uma larga fatia da população a um estado de total apatia. Hoje, confirmam-se que afinal poderiam ter tido filhos, não morrerão necessariamente de cancro, e que quando poderiam ter sido felizes viveram em desespero.

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2 Respostas to “Informação vs Medo”

  1. “Um futuro sem primatas” « O Insurgente Says:

    […] Arquivado como: Media, Nanny State Watch, Política — André Azevedo Alves @ 8:55 pm Informação vs Medo. Por Afonso Azevedo […]

  2. LPedroMachado Says:

    Isto fez-me lembrar a propaganda mundial de desinformação acerca da SIDA.

    Ah, e a notícia de ontem acerca dum estudo que diz que dentro de décadas vai ser tudo gordo nos EUA, ou algo do género… 🙂

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