O PSD terá de desempenhar vários papéis, entre eles de oposição e de alternativa. Naturalmente, as alternativas às propostas do governo, a seu tempo, terão de aparecer. Caso contrário… escreveu o meu amigo Paulo Gorjão, que não parte do pressuposto que Manuela Ferreira Leite e a sua equipa são destituídos de bom senso, também depreendo que — por razões conjunturais e estratégicas — a rota definida pressupõe que se apresentem as propostas apenas mais tarde.
Atitude louvável e que o grande Vasco Campilho já indiciara quando escreveu “quero crer que há aqui uma estratégia: fiscalizar agora, para avançar com propostas alternativas mais próximo dos actos eleitorais. Quero crer que há a intenção de colocar o Governo em situação de ter de responder pelo que faz – situação em que ele ainda não foi colocado desde 2005 – para restabelecer o plano de igualdade em que a disputa entre alternativas deve ser travada.”
Não tenho dúvidas do bom senso das pessoas que rodeiam a Presidente do PSD, muito menos dela. Acontece que nada disto é novo, já foi feito antes mas foi a primeira vez que uma liderança afirmou, preto no branco e sem entrelinhas, que não era suposto apresentar alternativas. No caso de Mendes e da OTA, por exemplo, foi preciso surgir um estudo independente para a liderança sugerir uma alternativa e mesmo assim demorou mais uma semana a definir oficialmente a sua posição. Entretanto não havia um comentador que não estivesse a criticar a liderança mendista pela aparente falta de visão estratégica numa matéria que fora ela a lançar para os media.
Tenho a certeza que Manuela Ferreira Leite já previu isto, que está preparada para mostrar porque é uma alternativa ao governo de José Sócrates, só espero que não seja tarde demais nessa altura.
Etiquetas: alternativas, Manuela Ferreira Leite, PSD
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