Parece que tivemos animação no hemiciclo, parece que o PM se descaiu e em resposta a uma das mais inofensivas perguntas que Mota Amaral lhe ocorreu fazer, disse que «O Tratado de Lisboa (…) é fundamental na minha carreira política».
So what? Bem parece que tal coisa, óbvia acho eu, serviu para uma deputada de uma agremiação de tons verde a desmaiar para o vermelhusco, retirar de tal afirmação que o PM negara o referendo aos portugueses para proteger a sua carreira política. Convenhamos, confundiu propositadamente as afirmações do PM para fazer “figura” e muito pior que tal coisa ficou calada quando o PM em resposta a sua intervenção lhe responde que «Está a fazer julgamentos desses? Não me julgo à sua medida; eu não faço nada em prol da minha carreira política.»
O que fez a senhora deputada? Insistiu no que não devia e calou-se onde não devia. O sorte deste PM é exactamente esta, pode responder assim sem troco, sem que um deputado desta nação o lembre do seu lugar, da tremenda humildade que lhe deve pesar nas palavras cada vez que alguém lhe pede contas.
Pouco me interessa que o PM tenha colocado a saúde da sua carreira política nas mãos de uns tantos irlandeses, mas já me interessa que Portugal tenha um PM que dê respostas destas e acredite nelas.
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