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Ainda a oposição a Menezes
A juntar aos argumentos que recordei aqui, vem um outro que é também comum e que vi transcrito das mais variadas formas. Reza assim:
Os críticos de Menezes não apresentam nada, nem criticam a estratégia seguida, apenas se preocupam com quotas (questão mesquinha) e com o símbolo (questão menor).
Vamos por partes e socorramo-nos de quem já escreveu melhor sobre o assunto. Quanto às quotas cito o Paulo Marcelo no DE.
“(…) Por mais curioso que pareça, o líder do PSD, seja ele qual for, arrisca-se a ser o próximo primeiro-ministro. Ou seja, os militantes do PSD (tal como os do PS) têm um poder especial de escolher o (potencial) líder do governo do país, o que torna o assunto muito mais sério. Assuntos desinteressantes como quotas, militantes e cadernos eleitorais, assumem interesse público no caso do maior partido da oposição. Desculpem o plebeísmo, mas uma “chapelada” no PSD poderia contagiar todo o sistema democrático(…)”
Não sei se o contágio seria coisa possível mas Paulo Marcelo toca no ponto essencial, questões de quotas no PCP, no BE e mesmo no PP é coisa substancialmente diferente do que no PSD.
Quanto à ausência de críticas diríamos substanciais, sobre estratégia, opções. Não é verdade, mas concedo que não é fácil criticar uma coisa que não existe, ou quando existe dura menos de 48 horas porque é imediatamente substituída por outra nova estratégia ou opção.
No entanto, é preciso que se note que apesar de tudo ainda existe quem se prepare para assistir sentado ao desenrolar da tragédia que por aí vem. É um erro tremendo porque o PSD não tem tempo e precisa de mudar o quanto antes.
Quanto ao símbolo as criticas agora inclinam-se para a má vontade dos criticos da mudança, ao mesmo tempo que se diminui a importancia dessa mesma mudança.
Ora quem criou o happening televisivo não foi a oposição a Menezes, foi ele mesmo que criou esse momento. Uma conferência de imprensa, uma explicação sobre o significado dessas mudanças e muitas explicações filosóficas para o novo azul.
Depois não gostou que criticassem a mudança que o próprio Menezes tratou de tornar uma questão relevante e lhe lembrassem o significado de um símbolo.
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